Imagem de destaque “Atenção às Diferenças, com Foco na Educação Inclusiva” é tema de reunião pedagógica promovida pela SME

“Atenção às Diferenças, com Foco na Educação Inclusiva” é tema de reunião pedagógica promovida pela SME

25/02/2016 - 12:13 | atualizado em 30/06/2020 - 14:26

Daniel Moraes (ASCOM-PMMC)

A Secretaria Municipal de Educação (SME) realizou nessa quarta-feira (24), uma reunião pedagógica com diretores e supervisores de todos os Cemeis e escolas do município, com o tema “Atenção às Diferenças, com Foco na Educação Inclusiva”. O evento abriu espaço para a troca de experiências, a realização de discussões sobre o tema e, segundo a gestora do Programa de Educação Inclusiva da SME, Edite de Jesus Pereira da Silva, teve o objetivo de conscientizar os gestores sobre a importância de manter o foco no público-alvo da inclusão (os alunos com deficiência, aqueles com transtorno global do desenvolvimento e também os que possuem altas habilidades/superdotação).

Durante a abertura da reunião foram exibidos trechos da animação “Dumbo”, da Disney, que tem como personagem principal um filhote de elefante que é ridicularizado e humilhado pelos outros animais devido a um “defeito” físico: orelhas grandes demais. O filme termina com o Dumbo aprendendo que as orelhas, que lhe haviam causado tantos problemas, lhe permitiam realizar uma coisa impossível para os outros elefantes: voar.

O tema do filme foi retomado pelo palestrante principal do evento, o professor universitário Jovenildo Ferreira dos Santos, que disse ser a principal função de quem trabalha com Educação Inclusiva fazer a seguinte pergunta para os alunos atendidos: “o que você precisa? Para o filhote de elefante a pergunta seria: o que você precisa para voar?”.

Jovenildo, que tem deficiência visual (baixa visão), só entrou na escola aos 16 anos, devido à sua condição. Mas isso não o impediu de se formar e se pós-graduar em Filosofia, e de desenvolver hoje trabalhos na área de Educação Inclusiva. Durante a palestra o professor chamou a atenção para o fato de que a inclusão deve ir muito além de aspectos arquitetônicos, exigindo uma verdadeira mudança de pensamento com relação à importância das diferenças. “Queria que chegasse um dia em que baníssemos a palavra ‘deficiência’, a palavra ‘inclusão’, que nós fôssemos nós”, filosofou.